As florestas são vitais para o planeta e o Brasil tem um patrimônio inestimável e ainda muito desconhecido pela maioria dos brasileiros.
Desde que a região amazônica despertou a atenção da imprensa internacional e das lideranças mundiais, muito se falou sobre o grande número de focos de calor e de incêndio nas regiões Norte e Centro-oeste do país. O que pouco se falou é sobre as consequências dessas queimadas.
As florestas tropicais, como a Floresta Amazônica, são importantes produtoras de umidade. Através de correntes de vento, essa umidade pode percorrer milhares de quilômetros, são os chamados “rios aéreos”, e refrescar os lugares por onde passam. A umidade produzida pelas florestas deixa tudo mais fresquinho, é por isso se diz que elas regulam o clima do planeta, o que é muito certo e verdadeiro.
Proteger e preservar as florestas é cuidar de todas as formas de vida, porque elas são fundamentais para a existência da vida no nosso tão castigado planeta.
Existem estudiosos especialistas nessa área que estuda os impactos do desmatamento, o pesquisador Carlos Nobre é um deles. Doutor na área do clima, traduz, em números, o que pode ocorrer com a Floresta Amazônica caso o desmatamento avance. De acordo com os estudos feitos por ele, o desmatamento da Floresta está hoje entre 15% e 17%, e se essa porcentagem chegar aos 25%, mais da metade da Floresta Amazônica pode se transformar em savana, um tipo de vegetação muito semelhante ao nosso cerrado. O cerrado não é um gerador de umidade e não tem a mesma função de regular o clima feito por uma floresta tropical.
As florestas guardam tesouros ainda desconhecidos, e não estou falando em minérios ou pedras preciosas, falo em alimentos, remédios e micro-organismos que podem ter aplicação prática para a melhoria da saúde e da vida de todos nós.
Tem solução
O problema do desmatamento crescente tem solução, e ela vem da Embrapa, mais uma vez e sempre a Embrapa. O pesquisador Alfredo Kingo Oyama Homma propões uma série de alternativas, entre elas a produção de frutos e plantas regionais da Amazônia, adotando inclusive conhecimento dos povos indígenas locais para a exploração sustentável e geração de renda para os povos da floresta.
Já está provado e comprovado que o desmatamento na Amazônia transforma, a maior parte das áreas abertas, rapidamente em terras degradadas.
O Congresso Nacional estuda formas de valorizar a floresta em pé, e a Embrapa aponta os caminhos.
Temos a faca e o queijo, e agora?